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MADRINHA BETH D´OXUM

Sacerdotisa de Umbanda, Dirigente do T.U Luz Dourada em Itái-SP.

 Pessoas estão se perdendo na falta de respeito com o tempo e com o Sagrado, depois  querem colocam a culpa em quem? 

 Umbanda, temos varias vertentes com particularidades que merecem e devem ser respeitadas, pois, os Sacerdotes, realizam com toda sabedoria e conhecimento os sacramentos de iniciação e preparação religiosa, cuja finalidade é ligar os dons e qualidades de uma pessoa a uma vida religiosa. 


Assim foi no passado e assim deveria continuar sendo hoje e amanha. Mas o desrespeito e o desinteresse das pessoas em seguir o caminho correto, leva muitas pessoas ao desencontro e a degradação do sagrado.


Principalmente quando acreditam que somente com a teorias, sem a prática necessárias e as devidas iniciações religiosas, irá dar conta das suas missão religiosa. 


Já algum tempo, estamos assistindo uma nova tendência, querendo impor suas idealizações e práticas modernas, que rompem com o sagrado, desprezam as tradições e as iniciações, encurta o tempo de preparação e muitos cortam caminho. 


Muitos jovens umbandistas viraram as costas para Esteira, camarina e outros procedimentos iniciáticos e só se preocupam com a parte teórica ofertadas em sala de aulas. Muitos se aventuram a abrir suas casas embasados somente na teoria. 
É com tristeza que tenho visto pessoas boas se perderem e se afastarem da religiosidade.

 

Tenho assistido cada barbaridade que não me atrevo a descrever. Seria muita humilhação para quem segue as tradições lerem a respeito do que tenho visto.  Quero deixar registrado que acredito que devemos avançar nas adequações e ajuste a realidade que vivemos e que o aprendizado via cursos, são importantes e ajudam muito, mas não podemos nos perder do sagrado em favor da modernidade e tecnologia.


O ponto principal é o tempo de preparação e a experiência de vida necessária. Uma pessoa formada em qualquer faculdade,  demora 5, 6 e até 7 anos para concluir seus estudos e ainda tem que passar por estágios e um período de adaptação, antes de exercer sua função profissional. 


Por que então na Umbanda e Candomblé uma pessoa pode se achar preparada só por que fez um cursinho, com aulas uma vez por semana. 


Como uma pessoa com pouco mais de 3, 4 anos ou 7 anos de caminhada pode se sentir aptas a abrir suas casas e passar a orientar as pessoas? 


Será que esta pessoa estão realmente preparadas? Claro que não!   
Lembre-se que cego não guia cego e todos os seus atos irão recair sobre quem se atreve a usurpar ou desrespeitar a caminhada correta de preparação.


Quando as coisas na sua vida começar dar errado, não coloque a culpa na espiritualidade e nem diga que foi demanda (macumba) que mandaram a você. Pois, se você sofre demandas e se abate diante das dificuldades (olho gordo, inveja, feitiço, etc.) como pode  querer ajudar quem lhe procura com tais dificuldades? 


Assuma ser despreparado e vá buscar ajuda, antes que você prejudique mais pessoas e a sua vida se perca de vez.
Assuma suas limitações e no lugar de abrir uma portinha ou cantinho para se alto proclamar ou intitular, procure uma casa consolidada, um dirigente que não  é  senhor da verdade.
Uma casa, faz parte de uma família,  de toda uma construção que vem de uma para outra, como uma grande corrente, que cresce com a preparação e se fortalece a cada consagração.
Folha seca não  dá frutos.  

 

Aprendizado é  tudo, a prática em família  é  fundamental, para seguir na linha reta da vida espiritual.


Agradeço a oportunidade de participar deste novo momento do Jornal do Axé, que a muito tempo faz parte de nossa comunidade.
Ainda que distante da Capital, estamos todos conectados pela espiritualidade e pela globalização da internet e redes sociais.

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