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Bode Despachado no Banco do Brasil, Causa Constrangimento aos religiosos de Mairinque e do Brasil

Atualizado: 19 de abr.

Em um país diversificado como o Brasil, a liberdade de crença é um direito constitucional. Contudo, um recente incidente em Mairinque, cidade próxima à capital paulista, projetou uma imagem negativa das religiões de Umbanda e Candomblé.

Bode Despachado no Banco do Brasil

Na transição da madrugada de quinta para sexta-feira (12 abril), um indivíduo, supostamente um Pai de Santo, deixou um vaso contendo uma cabeça de bode e uma galinha preta cobertos de sangue na entrada de uma agência do Banco do Brasil. A cena, capturada pelo sistema de monitoramento do banco, causou indignação e temor na população local, impactando até mesmo o comércio nas proximidades da agência. O suposto Pai de Santo, identificado como Aroldo de Xangô, que mantém um terreiro no bairro Reneville, é o principal suspeito. O banco planeja registrar um boletim de ocorrência e processar Aroldo, argumentando que o ato religioso não poderia ser realizado em uma propriedade particular do Governo Federal. Este incidente, entretanto, não é um caso isolado e não pode ser ignorado. É crucial esclarecer que um verdadeiro religioso jamais adotaria tal conduta. O uso do animal e o abate religioso são rituais internos e sagrados, que não devem ser expostos. Ações como essa visam criar uma impressão para agradar ou intimidar, utilizando uma falsa noção de poder. Os religiosos de axé de Mairinque e de todo o Brasil, que se sentem prejudicadas e comparadas a ações que não lhes pertencem, clamam por justiça. Não podemos nos calar, sob o risco de sermos todos comparados e julgados pela ação de um ou outro que caminha sob as regras do sagrado e esta entre nós. Com tais ações, a imagem de todos os terreiros de Mairinque e região, assim como de outras cidades do Brasil, sofrem preconceito, discriminação e julgamentos equivocados. É importante lembrar que, desde 2019, o Supremo Tribunal Federal permite o sacrifício de animais em cultos e rituais religiosos de matriz africana, desde que não haja excessos de crueldade. A prática é legalmente autorizada, mas moralmente, a maneira como a situação foi exposta causou revolta aos moradores locais. Portanto, é necessário enfrentar essas situações. Não podemos permitir que religiosos sejam vítimas de julgamentos por fatos isolados. É preciso respeitar a fé e a prática religiosa, sem generalizações ou preconceitos. Nosso silêncio pode dar a impressão de que aprovamos tais atos, o que é um grande equívoco. O Jornal Correio do Interior, que publicou duas matérias a respeito, deveria ter se preocupado em não generalizar e em apresentar o suposto Pai de Santo como sendo o autor. Não realizaram nenhuma pesquisa e nem trouxeram a outra parte para que a matéria fosse justa e correta. Deveriam verificar se este está de fato credenciado, se faz parte de algum grupo que o reconheça, deveriam buscar depoimentos de outros religiosos para saber se tal prática faz parte ou não dos rituais da Umbanda, Candomblé e outras vertentes.


Enquanto os religiosos permanecerem silenciosos diante de tais situações, a sociedade e o poder público continuarão generalizando e tratando todos como iguais, o que não somos nem nas boas ações, muito menos nestas ações criminosas que não retratam nossa comunidade. Registramos aqui nosso manifesto de revolta e pedido de retratação do jornal, que deve publicar uma matéria para informar seu público de que tais ações não fazem parte de nossa comunidade e que tal postura alimenta a intolerância, preconceito e discriminação que as religiões de Matrizes Africana, afrodescendente e indígenas sofrem pelo racismo religioso. Mas não basta nossa voz, nossa publicação. Se você, leitor e irmão de fé, também não se manifestar e expressar sua revolta, enviando este artigo para todos os seus contatos, para todas as pessoas possíveis. A PALAVRA AGORA É COM VOCÊS Assim, conclamamos a todos para que se unam em defesa da verdade e da liberdade religiosa. Não podemos permitir que ações isoladas manchem a imagem de nossas casas de axé. Juntos, podemos mostrar a verdadeira face de nossas crenças e práticas, baseadas no respeito, na fé e no amor ao próximo. REDAÇÃO JORNAL DO AXÉ

WWW.JORNADOAXE.COM.BR Fonte que deu origem a este artigo




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