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Festejos de Iemanjá 2025 – Praia Grande/SP - Nota Oficial de Esclarecimento

  • Foto do escritor: jornaldoaxe
    jornaldoaxe
  • 10 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de out.

ALERTA DO CONSÓRCIO DAS FEDERAÇÕES PARTICIPANTES DA ORGANIZAÇÃO DOS FESTEJOS DE IEMANJÁ PRAIA GRANDE-SP

Matéria Longa, Mas Importante e Esclarecedora.

Preste Atenção! Leia ou Escute na integra.

Escute o Aúdio da Matéria da Ação contra Prefeitura Praia Grande Consórcio das Federações

"Diante de restrições recentes que afetam diretamente o direito de culto e a manifestação cultural de nosso povo, foi impetrado Mandado de Segurança Coletivo (Proc. nº 1016960 - 67.2025.8.26.0477), buscando restabelecer condições mínimas para a realização do evento com segurança e dignidade."


CARTA ABERTA AOS RELIGIOSOS DO AXÉ


Irmãos e irmãs,

Com respeito, seriedade e o compromisso de sempre defender nossas tradições, o Consórcio das Federações (liderado pela Federação Afro Brasil e pela Federação ATUCO, em conjunto com entidades parceiras) vem esclarecer a situação dos Festejos de Iemanjá 2025, em Praia Grande/SP.


Diante de restrições recentes que afetam diretamente o direito de culto e a manifestação cultural de nosso povo, foi impetrado Mandado de Segurança Coletivo Clique aqui e leia na integra (Proc. nº 1016960-67.2025.8.26.0477), buscando restabelecer condições mínimas para a realização do evento com segurança e dignidade.


O que mudou em 2025

A Portaria (Clique e Leia na Integra) da SECTUR nº 011/2025 impôs regras que, na prática, inviabilizam a participação de inúmeros templos, terreiros e caravanas.


Entre elas, destacam-se:

Proibição de energia elétrica e de geradores, restringindo a iluminação a lâmpadas solares/recarregáveis;

Proibição de tendas tipo gazebo, inclusive as usadas apenas como apoio (abrigo, proteção de objetos e alimentos);

Exigência de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) mesmo para tendas pequenas e simples;

Restrição de entrada de caminhões/veículos no sábado, justamente o dia em que muitos grupos chegam para montar suas estruturas com segurança.


Tais medidas foram publicadas sem diálogo com as entidades representativas e contrariam a prática histórica do evento, que sempre contou com pontos de luz públicos e critérios proporcionais de segurança.


O que o Consórcio está pedindo na Justiça

·           De forma objetiva e responsável, pedimos que seja restabelecida a energia pela rede pública nas áreas dos participantes (como ocorreu por décadas), com solução técnica mínima, barata e segura: réguas de distribuição em postes alternados (“poste sim, poste não”), uso restrito a iluminação e cargas leves, sem extensões em cascata, e eletricista de plantão para ligar/desligar e evitar sobrecargas.


Liberação das tendas gazebo e de menores tamanhos sem a necessidade da ART. (Anotação de Responsabilidade Técnica) para que os religiosos possam ter estas tendas de apoio e suporte, evitando assim, despesas extras.


Também pedimos a fixação de janela logística no sábado até 12h, para carga/descarga organizada. Para facilitar a montagem e a logística dos grupos religiosos que vêm de longe.


Importante:

Não defendemos geradores privados. Essa alternativa onera os grupos e não resolve o problema coletivo. A solução é pública, simples e segura, e não cria despesa extraordinária — é a rotina histórica do evento.


Enquanto a decisão não sai:

Nosso corpo jurídico atua com firmeza e transparência. Até que haja decisão judicial, pedimos que todos se previnam com opções de iluminação alternativa, cumpram as orientações temporárias e mantenham serenidade. A nossa luta é legítima e está seguindo o caminho certo: o da lei.


União do povo de axé

Este é um momento que pede união. Convidamos federações, templos, terreiros, dirigentes, caravanas e simpatizantes a somarem forças. Silêncio não é neutralidade — diante de um cenário que restringe direitos e apaga uma tradição de mais de 50 anos, o nosso posicionamento precisa ser claro e coletivo.


Turismo religioso: receita, não gasto

Os Festejos de Iemanjá em Praia Grande são um marco do turismo religioso em São Paulo. Em cada fim de semana de festa, mais de 100 mil pessoas movimentam a cidade, alugam casas, ocupam hotéis e pousadas, abastecem, se alimentam e aquecem o comércio, antecipando o verão em cerca de duas semanas. O evento gera divisas e valoriza a cidade.


O que pedimos não é gasto novo: é respeito à tradição, organização e segurança.


Não estamos contra a Prefeitura nem contra servidores. Respeitamos o trabalho da equipe da SECTUR e seguimos abertos ao diálogo.


O que defendemos é legalidade, proporcionalidade e respeito aos verdadeiros realizadores do festejo: o povo de axé.


Seguiremos firmes, defendendo o direito de montar nossas tendas de apoio, de ter iluminação segura, janela de entrada organizada e fiscalização isonômica.


Essa luta é de todos nós — e será vencida com união e responsabilidade. 

 

São Paulo, 10 de Outubro de 2025.

 

Assinam esta Carta Aberta:

Pai Gâmby – Federação Afro Brasil – www.federacaoafrobrasil.com.br


Pai Soares – Federação ATUCO – www.federacaoatuco.com.br


Pai Edivaldo – Federação CONEAFRO – www.coneafro.com.br  

Demais Parceiros Aderentes www.tendasbeiramar.com.br

Dr. Ana Paula - OG ADVOCACIA


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65 comentários

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Adriana Lopes
Adriana Lopes
há 3 dias

A Festa de Iemanjá merece ser tratada com o respeito e a dignidade que sua importância cultural e religiosa exigem, e não com barreiras que cheiram a preconceito. É fundamental que a Justiça intervenha para garantir o direito constitucional de manifestação de fé plena!

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Cintia Carneiro
Cintia Carneiro
13 de out.

Nós, filhos e admiradores de Iemanjá, expressamos nossa indignação diante da proibição de celebrar a Rainha do Mar na praia — seu lar sagrado.

Nossa festa é fé, cultura e tradição. Acender velas, oferecer flores e cantar diante do mar é um ato de amor e ancestralidade. Negar esse direito é ferir a liberdade religiosa e desrespeitar gerações que mantêm viva essa tradição.

Não buscamos confusão, apenas o direito de estar junto ao mar, em devoção e harmonia. Nenhuma proibição apagará a fé que pulsa em nossos corações.

Iemanjá vive nas ondas e em cada devoto que resiste com amor.


Casa de Caridade Mamãe Oxum e Santuário de Umbanda Pai Oxalá

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Maria Betania
Maria Betania
13 de out.

O festejo de Iemanjá representa uma expressão legítima da fé e da cultura do povo brasileiro, constituindo patrimônio imaterial de grande relevância. Sua proibição afronta os princípios constitucionais da liberdade religiosa e da diversidade cultural. Assim, defende-se a manutenção e o apoio à realização desse festejo, em respeito à tradição, à identidade e aos direitos fundamentais da população. Casa de Caridade Mamãe Oxum e Santuário de Umbanda Pai Oxalá

Editado
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Giovanna Santos
Giovanna Santos
13 de out.

O festejo de Iemanjá é fé, cultura e tradição do nosso povo 🌊 Proibir essa celebração é negar nossa história e a liberdade religiosa garantida a todos. Iemanjá representa amor, proteção e respeito à natureza. Queremos que a festa continue com organização, cuidado e alegria mantendo viva a nossa cultura e nossa fé.

Casa de Caridade Mamãe Oxum e Santuário de Umbanda Pai Oxalá

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Mariasalete Ponto
Mariasalete Ponto
13 de out.

“A Umbanda nasce do tambor e floresce no coração.

É o abraço dos orixás, o canto que cura, o amor que acolhe.

Nenhum preconceito cala o som do axé. Respeitem nossa Umbanda.” Não aceitaremos boicotes à nossa religiosidade! Não calarão nossos tambores


*Casa de Caridade Mamãe Oxum e Santuário de Umbanda Pai Oxalá*

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