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  • Foto do escritorjornaldoaxe

Intolerância Religiosa: Mulher foi agredida por escurtar musica de Exu.

Os casos de intolerância religiosa cresceram nos últimos anos em todo o Brasil. As religiões de matriz africana são os principais alvos dos ataques.

A maioria dos religiosos, não fazem sequer um B.O, muitos por estarem praticando sua religiosidade na clandestinidade, não busca sequer contratar um advogado, para fazer a representação jurídica, uma ação necessária para não deixar estes crimes impunes. As Associações / Federações, instituições de classe, que representam os religiosos do axé, acabam reféns desta triste realidade, pois a apatia e inercia, dos religiosos, na hora de buscar seus direitos e a justiça contra os crimes de intolerância, não acontecem, somente a vítima pode e deveria dar início aos s procedimentos para evitar os casos, como os abaixo relatados. Leia a materia abaixo!

Devota de São Jorge, a manicure Vivian Bruna Braes, de 38 anos, escutando músicas que remetiam a ele e também a Exu para pedir proteção. Ela estava no portão de sua casa, em Macaé, no norte fluminense. Mas terminou o dia sem um olho em decorrência de um golpe de facão desferido por um vizinho que não queria ouvir “música de macumba”.


A vítima, Bruna Domingues Vaz, disse que bastou tocar o samba dentro de casa, para o agressor, que estava num bar do outro lado da rua, iniciar a confusão.


“Cheguei lá e perguntei a ele qual era o problema. A gente tava no nosso horário, o porquê da ironia de falar se a gente era macumbeiro ou pagodeiro. Ali ele se exaltou e veio para cima de mim”, contou Bruna Domingues Vaz. “Ele já veio com facão e não queria saber aonde ia pegar e em quem ia pegar. Eu estava na calçada, foi na hora que eu passei, e o facão veio me acertar", relembra.

ATOS GRAVES DE INTOLERÂNCIA


Em maio deste ano, o pastor Felipe Valadão, da Igreja Batista Lagoinha, fez uma pregação pública contra as religiões de matriz africana. Ele foi denunciado pelo Ministério Público.

“Avisa para esses endemoniados de Itaboraí que o tempo da bagunça espiritual acabou. Pode matar galinha, pode fazer farofa, prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade.”


Patrimônio cultural do Rio de Janeiro, um altar erguido nas proximidades dos Arcos da Lapa em homenagem a Zé Pelintra, uma das entidades da umbanda, já foi alvo de 22 ataques em apenas quatro anos.


Eles depredavam na madrugada, pichavam com mensagens de ‘vou quebrar tudo’, ‘vou dar marretada na cabeça de vocês', 'demônios’ e essas palavras de ordem que tendem para intolerância”, conta o produtor cultural, Diego Gomes. "O registro da queixa começou a ser feito através de ações junto ao governo do estado e à Prefeitura do Rio com as coordenadorias de combate à intolerância religiosa da época. Por que não tem uma ação mais contundente para investigar essas ações?” Este é o X da questão, tem que denunciar, tem que investigar e tem que punir."

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa de varios estados e municipios tem recebido milhares de registros de intolerância. Seguidores da umbanda, do candomblé e de varias vertentes, são as principais vítimas desse gênero de violência.


"Se você não tem uma rede de proteção que encoraja as pessoas a denunciarem e consequentemente há uma impunidade, você vê que não há uma medida dos órgãos públicos tratarem como tem que tratar, como crime, obviamente você encoraja as pessoas a seguirem adiante", diz o babalaô Ivanir dos Santos.

Um terreiro foi depredado há três anos em Duque de Caxias. Em um caso raro de punição, os responsáveis pelo ataque foram indiciados e respondem pelo crime. Uma mulher que frequenta o local e preferiu não ser identificada diz que, mesmo assim, ainda sente medo.


"É um pouco absurdo a gente ter a garantia institucional de um estado laico e de liberdade religiosa e a gente não tem essa efetiva liberdade. Então, a gente está perdendo cada vez mais espaço”, afirma.


Temos que denunciar, os religiosos do axé, tem que fazer parte desta frente, deixar de fazer parte do problema e começar a fazer parte da solução. E o primeiro passo é buscar a organização, legalização e estruturação da comunidade. Este é o caminho para que fatos e atos de intolerância possam ser enfrentado com objetividade.

Diz Pai Soares presidente da ATUCO - Associação Nacional dos Religioso de Matriz Africana, Afro Brasileira e indigena. - www.atuco.com.br Compartilhe esta materia, para que outros religiosos e simpatizantes possa fazer parte da solução, possam fazer tambem seu manifesto e apresentar propostas. Criticas e manifestações agressivas de qualquer ordem serão denunciadas.


JORNAL DO AXÉ - REDAÇÃO Fonte: Site do G1 e Geledes.org

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