No dia 19 de abril, celebramos o Dia do Índio, uma data que transcende as fronteiras das religiões e nos convida a refletir sobre a importância dos povos indígenas para as tradições espirituais da Umbanda, do Candomblé e da Jurema.
Neste texto, unimos as visões dessas religiões, destacando a reverência, a injustiça social e a luta pela preservação dos direitos dos povos originários.
Raízes Ancestrais e Intercâmbio Cultural
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé e na Jurema, assim como todo brasileiro deveria reconhercer a importância das raízes culturais indígenas que moldaram essas religiões em terras brasileiras e na construçãodeste pais.
Desde os tempos antigos, houve um intenso intercâmbio religioso e cultural entre os povos africanos, indígenas e europeus, resultando em uma rica cultura espiritual, artesanal e histórias que nos guiam até hoje.
Os Caboclos na Umbanda, Índios nos Terreiros de Candomblé e Juremeiros:
Na Umbanda, os Caboclos são venerados como guias espirituais que representam a sabedoria ancestral dos povos indígenas. No Candomblé, os Índios são reconhecidos como ancestrais espirituais que inspiram e orientam os praticantes. Já na Jurema, os Juremeiros reverenciam os espíritos dos pajés e guerreiros indígenas em seus rituais.
Injustiças Sociais e Luta pela Preservação:
Apesar da importância cultural e espiritual dos povos indígenas, eles têm sido historicamente marginalizados e desrespeitados. As comunidades indígenas enfrentam injustiças sociais, perda de território e ameaças à sua cultura e modo de vida. É fundamental reconhecer e combater essas injustiças, defendendo os direitos dos povos indígenas sem exigir nada em troca.
Manifesto de Homenagem e Compromisso:
Neste Dia do Índio, manifestamos nossa profunda gratidão e respeito aos povos indígenas, que são os guardiões da sabedoria ancestral e da conexão com a natureza. Comprometemo-nos a apoiar suas lutas pela preservação de suas terras, cultura e direitos, reconhecendo que sua existência é fundamental para a harmonia e equilíbrio do nosso país e do mundo. Que possamos celebrar e honrar os povos indígenas não apenas neste dia, mas todos os dias, reconhecendo sua contribuição inestimável para a nossa história e espiritualidade.
Temos a obrigação de abrir os olhos, para enxergar melhor nossa obrigação perante a todos os povos indígenas e sua importância. Pois não basta trabalhar a espiritualidade se não sabemos valorizar o material humano, histórico e os direitos destes povos Tradicionais.
MESTRE KALUANÂ
Sacerdote Umbandista E Juremeiro
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