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Axé nas Ruas de Curitiba: Milhares Participam da 1ª Caminhada para os Orixás Contra a Intolerância Religiosa

  • Foto do escritor: jornaldoaxe
    jornaldoaxe
  • 4 de nov.
  • 2 min de leitura

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Curitiba viveu um dia histórico no último sábado (1º), quando milhares de filhos e filhas de santo, líderes espirituais, grupos culturais e simpatizantes das tradições afro-indígenas ocuparam o Centro da capital para celebrar a fé, a ancestralidade e a resistência. A 1ª Caminhada para os Orixás Contra a Intolerância Religiosa transformou a cidade em um grande terreiro a céu aberto, unindo vozes, tambores e corações em um poderoso grito de Axé contra o racismo e o preconceito.


Desde as 14h, a Praça Tiradentes foi tomada por representantes de terreiros de Curitiba e Região Metropolitana. O cortejo, guiado por um caminhão de som e pelos toques dos atabaques, seguiu às 15h em direção à Praça Santos Andrade, num movimento vibrante e cheio de energia ancestral.


Em frente à escadaria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aconteceu a marcante “Revolta dos Atabaques”, uma intervenção sonora e política que simbolizou o rompimento do silêncio imposto aos terreiros ao longo da história. Participaram grupos como Tambores do Paraná, Bloco Afropretinhosidade, Curimbas e Afoxé Atinsa, que deram ritmo, força e emoção ao ato.


A caminhada seguiu pela Rua Marechal Deodoro até a Boca Maldita, onde o encerramento foi marcado por homenagens a pais e mães de santo e apresentações culturais, reafirmando a presença viva e pulsante das religiões de matriz afro-ameríndia em Curitiba.


A vereadora Giorgia Prates (PT), idealizadora da iniciativa junto a dezenas de terreiros da capital e região, destacou que o movimento nasceu de um chamado do povo de axé:

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Cansamos de ser silenciados. Tenho atuado em várias frentes para garantir os direitos dos povos de terreiro — desde a luta por alvarás até o reconhecimento das religiões afro-ameríndias como patrimônio cultural imaterial da cidade. Essa Caminhada é o reflexo da força e da união do nosso povo”, afirmou.

Para Baba Flávio Maciel, coordenador do Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana, o momento foi de pura emoção e significado:

Caminhar pelas ruas de Curitiba com nossos tambores, nossos cânticos e nossas crianças foi afirmar que os povos de terreiro estão vivos, presentes e cheios de amor pela sua fé. Mas também foi um ato político, de enfrentamento ao racismo religioso e à invisibilidade que sofremos há tanto tempo.”

A Caminhada para os Orixás nasce como um marco na luta pela liberdade religiosa e pela valorização das tradições afro-indígenas. Mais que um evento, foi um grito de resistência e amor — um lembrete de que onde ecoa o toque do tambor, floresce o Axé e se renova a esperança de um Brasil mais justo, plural e respeitoso com sua ancestralidade.



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🔗 www.jornaldoaxe.com.br | @jornaldoaxe Fonte: Raízes Plurais - José Pires

03 Nov 2025 — Fotos - José Pires


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