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Combatendo a Intolerância Religiosa em Mairinque: Um Chamado à Ação e Igualdade

Hoje, mais do que nunca, é imperativo erguermos nossas vozes contra a intolerância religiosa que assombra nossas escolas e comunidades. Reunidos na Câmara Municipal de Mairinque, São Paulo, uma diversidade de líderes e cidadãos se uniu em uma luta contra esse mal corrosivo que ameaça a liberdade e a dignidade de tantos.

Combatendo a Intolerância Religiosa em Mairinque: Um Chamado à Ação e Igualdade

Contextualização e Luta Continuada

Neste mês de março, enquanto celebramos as conquistas do povo de axé, seja na umbanda, candomblé ou outras tradições, também nos confrontamos com a dura realidade dos ataques à nossa fé, especialmente nas escolas de Mairinque. Em destaque, encontra-se o caso angustiante da filha da Mãe Kallyana, que tem sido vítima de agressões físicas e psicológicas. O uso de bíblias como instrumento de agressão, piadas de mau gosto e o isolamento forçado têm sido ferramentas cruéis empregadas por alguns alunos. Mais alarmante ainda é o fato de que tais atrocidades têm ocorrido sob os olhares, por vezes coniventes, dos profissionais da escola.


Um Grito de Socorro das Vítimas

Na Escola Maria Helena Chesine, situada no bairro Nova Esperança, em Mairinque, essas violações à dignidade humana têm sido toleradas, levando ao afastamento de duas profissionais após denúncias. Uma aluna comprometida com seus estudos e devoção às suas crenças viu-se desmotivada e traumatizada, renegando o ambiente educacional que deveria acolhê-la e incentivá-la. Mairinque, um município pitoresco do interior a 70 km de São Paulo, é infelizmente palco de recorrentes episódios de intolerância, alimentados por um fundamentalismo extremo cristão que permeia a gestão pública.


Antecedentes e a Gravidade da Situação

Este não é o primeiro embate contra a intolerância religiosa que assola nossa cidade. Em 2021, a Câmara Municipal foi palco de uma batalha pela dignidade, quando a PL 80/21, proposta pela Mãe Jandira de Yansa, buscava instituir o Dia Municipal das Tradições de Matriz Africana e Indígenas. Na calada da noite, fundamentalistas se reuniram para impor sua vontade aos vereadores, inclusive com a participação de grupos extremistas. Esse triste episódio ilustra a urgência de protegermos nossos valores e garantirmos a igualdade e o respeito à diversidade em todos os níveis da sociedade.


Um Apelo à Ação Coletiva

Hoje, mais do que nunca, precisamos nos levantar e nos fazer ouvir. Não basta celebrar nossas tradições; é crucial protestar contra as injustiças que as ameaçam. Municípios como Mairinque merecem e exigem maior proteção legal contra a intolerância e o fanatismo. O dia 21 de março não deve ser apenas uma data no calendário, mas sim um lembrete de nossa resistência e determinação em construir um Brasil verdadeiramente inclusivo. Unidos, podemos e iremos vencer essa batalha.


Pai Rodolfo de Oxóssi. Mairinque (11) 94159-1776

Associado a FEDERAÇÃO ATUCO  

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